sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

#Viagens_11 #Holanda #Amesterdão

Amesterdão...ainda bem que há uns meses me passou pela cabeça fazer um fim de semana a dois e ir conhecer Amesterdão...
...ainda bem que ao longo dos anos fui acumulando uma pequena “frustração” de fazer escalas em Amesterdão e nunca ter saído do Aeroporto...
...ainda bem, que decidi que seria desta que iria sair do Aeroporto e conhecer Amesterdão.

Venho com esta sensação de que, até hoje, é a Cidade que mais gostei de conhecer!
Venho apaixonada...tanto...que me vejo a mudar a minha vida e a ser capaz de ser Feliz a viver em Amesterdão!!!

Gostei de tudo, de tudo mesmo, de cada recanto, de cada pormenor, de cada vivência e de cada pessoa.

Amesterdão é uma cidade pequena, com 800 mil pessoas, quase metade emigrantes que escolheram Amesterdão para viver. Por essa razão e juntando à quantidade de turistas, Amesterdão apresenta uma diversidade cultural incrível.

Gostei tanto de tudo, que sinto dificuldade em distinguir e exprimir tudo o que vi e vivi.
Se calhar, começar por dizer que 3 dias em Amesterdão, bem aproveitados, dão para ver muita coisa...se não quiser visitar os cerca de 50 museus que existem, a fundo.
Obviamente que em 3 dias, tivemos de selecionar o que nos atraía mais ver relacionado com Arte.
Obviamente, e penso que os comuns dos mortais, fazem a mesma escolha: selecionámos o Museu Van Gogh e o Museu Rijks.

MUSEU VAN GOGH
O Museu Van Gogh mereceu uma manhã de visita, onde encontramos a Arte deste Artista, nas suas várias fases, a sua história trágica (acabou os seus dias num Asilo psiquiátrico), e ainda a Arte de quem o influenciou e de amigos.

Foto: Nelson Cristo

Vale muito a pena esta visita, e impressionou-me imenso um quadro que não conhecia: “Comedores de batatas”.

Fiquei largos minutos a observar todos os pormenores e a tentar desvendar a motivação para aquele quadro...só depois fui ler a explicação...e não estive muito longe.

É um quadro da sua primeira fase de pintor e é muito realista...nele é retratado a miséria dos camponeses, a sua fisionomia rude de quem trabalha arduamente e honestamente para ter uma refeição à mesa (batatas). Foi isto mais ou menos que Van Gogh quis transmitir e conseguiu!!!
Uma vez que não é permitido tirar fotos neste Museu, aqui fica uma foto do quadro retirado da internet.


MUSEU RIJK
O edifício deste Museu, já considerado dos mais importantes da Europa, é lindíssimo.
É um edifício do século 19, de autoria de Pierre Cuypers. Este edifício foi renovado recentemente pelas mãos da dupla de arquitetos espanhóis Cruz e Otiz e consta que a mesma levou 10 anos e foi uma obra milionária.

Este Museu e o de Van Gogh e mais uns quantos ficam todos na praça dos Museus...uma praça imponente e ainda se torna mais, pela imponência deste edifício.

Quando entrámos no Museu...outro delírio...só o Hall de entrada impressiona.
A sua arquitetura alta, cheia de luz, pessoas, um café e uma exposição de animais empalhados. Só reparámos nesta ultima, porque havia crianças deitadas no chão a desenhar os animais...achei delicioso...e ainda não tinha visto nada!!!

Foto: Nelson Cristo


Mais uma vez, entrámos no Museu com um interesse particular: ver Quadros de Rembrandt e Johannes Vermeer.

Já o disse, não somos grandes conhecedores de Arte:
...mas o quadro “Ronda da Noite” de Rembrandt foi tema de estudo numa qualquer disciplina na Escola e a minha mãe (grande entusiasta de Arte) ajudou-me a “lê-lo” e a conhecê-lo.


Vermeer conhecemos mais pelo filme “The Girl with a pearl earring”, de 2003, que retrata uma história fictícia de como o pintor teria produzido o quadro com o mesmo nome.
Este quadro não se encontra neste museu, mas existem outras obras de Vermeer dignas de registo.


Penso que para se ver o Museu por completo, será preciso pelo menos um dia inteiro, tal a diversidade e várias épocas retratadas. Não o fizemos, mas ainda conseguimos visitar a Biblioteca do Museu, que vale muito a pena.

Neste Museu pode-se tirar fotos e existem bastantes crianças pelo chão a desenhar ... e todas entusiasmadas!


Visitados os Museus (que fizemos em duas manhãs), era tempo de conhecer e Cidade e deambular pela mesma. É muito fácil andar em Amesterdão...é uma cidade toda plana, pelo que se pode fazer bem de bicicleta. Aliás, existem bicicletas por todo o lado (todas as informações apontam para cerca de 600 000 bicicletas em toda a cidade) e pelo que vi...devem ser mesmo. Todo o tipo de pessoas usam a bicicleta, e ainda mais impressionante, a qualquer hora do dia e da noite...vi senhoras e jovens por volta das 23H de bicicleta.

Mas nós não alugamos nenhuma e optamos pelo que chamam o Tram – elétrico urbano.
Á frente do nosso hotel, tínhamos mesmo uma paragem do 12, ou seja, aquele que nos dava acesso à Praça dos Museus e outros locais centrais e ainda nos permitia fazer transfers para outras zonas.


Nunca esperámos mais de 5 minutos, atrás de um, vinha sempre outro. Os transportes públicos são excelentes por aqui.
No tram nunca andamos “enchouriçados”...uma vez que funcionam regularmente e com muita pontualidade, não há necessidade de encher as carruagens...além disso, cada elétrico tem um funcionário a organizar o espaço e a ajudar todos os utilizadores. Todos estes funcionários falam Inglês, pelo que nunca tivemos preocupações acerca das direções a tomar...ajudaram sempre!!!
Um pouco caro, mas compensou largamente...de tram conseguimos ver e visitar quase tudo, entravamos numa paragem, saiamos, voltávamos a entrar...sempre com o mesmo bilhete, que se pode comprar para 48 horas.

E por Hotel:
Os mais centrais, são caríssimos! Ficamos no Golden Tulip Amesterdam e o preço/ qualidade é bem razoável. Não é central, mas apanhando o tram, em 10 minutos estávamos em qualquer lado.

Amesterdão é uma cidade extraordinária! É a cidade mais diferente daquilo tudo que conheço...a sua arquitetura, as casas ligadas aos inúmeros canais, as ruas e monumentos históricos, as bicicletas, o seu liberalismo não anárquico, as pontes (uma atrás da outra) e um sem fim de pormenores deliciosos!

Amesterdão merece visitas sem fim...e tenho a certeza de que cada uma vai ter uma descoberta diferente.

Desta vez, eis tudo o que descobrimos e nos “deliciámos” a dois:


Praça dos Museus (Museumplein): é a praça entre os Museus Van Gogh e Rijks. È uma praça enorme e cheia de vida.
Nesta praça, está o “monumento” I amsterdam...umas letras garrafais de homenagem a Amesterdão, mas tão cheia de gente que quase não se percebe o que é...todos querem tirar uma foto no “monumento”.
Aqui, sente-se que os nativos, apesar do frio, gostam de andar na Rua. Existe um lago, que nesta época, estava gelado e havia muita gente a aproveitar para patinar. Nos grande relvados da praça, havia pessoas e grupos a fazer desporto.

Foto: Nelson cristo


Praça Dam: pareceu-nos que aqui seria a parte mais central da Cidade, onde todos se encontram...nativos e turistas. É uma praça lindíssima e é onde se localiza o Palácio Real do Século XVII. A praça Dam tem ainda outros edifícios lindíssimos.
Também cheia de gente, que carregava sacos de lojas nas Ruas que confluem para a praça.

Foto: Nelson Cristo


Os canais: Amesterdão tem 160 canais e cerca de 1500 pontes. A arquitetura da cidade juntamente com os canais, é o que me atrai mais em Amesterdão...cada rua, edifício, canal, ponte, tem ar de cenário. Não andámos de barco em nenhum canal, ficará para uma próxima, mas vimos muitos e também à noite...iluminados são ainda mais bonitos! Por esta razão, costuma-se apelidar Amesterdão, a “Veneza do Norte”!!

Foto: Nelson Cristo

Foto: Nelson Cristo

As bicicletas: Andar de bicicleta é tão natural como deslocar-nos de carro...a qualquer hora, com qualquer roupa, para qualquer lugar...há sempre homens, mulheres, crianças, velhos e novos a andar de bicicleta.
Há quem defenda que Amesterdão é para ser conhecida de bicicleta...nós não o fizemos...talvez um dia...

Foto: Nelson Cristo

Foto: Nelson Cristo

Red Light District: No Bairro De Wallen, um Bairro normalíssimo e muito bonito, com residências, igrejas, restaurantes, parque infantil. É onde podemos ver a prostituição legalizada na Holanda. A atividade é regulamentada e não pode ser levada a cabo nas ruas. Aqui, vemos em vitrinas mulheres semi-nuas a “exibirem-se” para potenciais clientes.
É proibido tirar fotos e acho bem...gostei do Bairro, mas não gostei de as ver assim tão expostas em vitrines (como se fossem produtos). Sei bem que é pior andar na rua e desprotegidas...

Foto: Nelson Cristo

Drogas: O consumo de drogas leves, na Holanda é tolerado e fiscalizado. Existem por toda a Cidade Coffee Shops, que não servem cafés, mas onde se pode comprar e fumar tudo o que é droga leve.
Nas Ruas, de vez em quando, sente-se o cheiro de alguém que está a fumar...mas na Rua, não é assim tão tácito que se possa fumar drogas...
Amesterdão, é uma cidade super tolerável...com a diversidade de raças, com a homossexualidade, com a prostituição, com as drogas...e ninguém parece minimamente incomodado com a diferença...e se calhar, é esta tolerância, que faz toda a diferença.


Bairros: Um dia fomos andar para o Bairro Jordaan. Não nos pareceu muito turístico. Com um Mercado de Rua enorme e cheio de cafés e lojas engraçadas, pareceu-nos um Bairro calmo e onde foi possível assistir a saída da Escola de crianças.
Nas suas bicicletas, pais e mães dirigem-se à escola e depois ou os miúdos acompanham na sua própria bicicleta ou os pais rebocam os mesmos em “reboques” para crianças...Vimos este cenário perto da hora do almoço.
Li algures que a Escola por aqui termina quase todos os dias às 15H ou antes...e que o dia de trabalho vai das 8H às 16H...ou seja...tempo para viver, disfrutar da família, amigos e da cidade!!!
Neste dia, e tudo a pé, fomos ver outros Bairros e sentir como se vive por aqui.


Mercados de Rua: há imensos, de flores (tulipas), mercados de roupa, frutas...e são normalmente junto a um canal e super coloridos.

Foto: Nelson Cristo

A Casa de Anne Frank: É possível visitar o sótão/ anexo (agora vazio) onde se escondeu esta menina, a família e amigos.
É possível...mas não é fácil...comprar bilhetes on-line só para visitas até às 15H e depois disto, só enfrentando uma fila enorme. A fila era mesmo muito grande e estava muito frio...pelo que desistimos de visitar...ficará também para uma próxima!


Restaurantes: Penso que pelo facto, de metade dos habitantes de Amesterdão serem emigrantes, existem imensos restaurantes com comidas de todo o Mundo.
Quisemos ir a um tipicamente Holandês e depois de várias tentativas de marcação, lá conseguimos.
Muito giro e acolhedor, a comida é formidável: comemos uma sopa típica, de ervilha com carnes e pão lá dentro, e o cabbage (espécie de migas de cove roxa...agridoce) com carne.
O Restaurante é o Pantry.
Para rematar, comemos uma tarte de maçã...típica e que existe em todos os cafés...deliciosas!!!


Para petiscar à noite e beber qualquer coisa descobrimos o Foodhallen.
O conceito é o mesmo que temos no Mercado da Ribeira em Lisboa, embora tenhamos achado o ambiente mais intimista. Não nos pareceu que fosse sitio para turistas e estava-se muito bem aqui...


Amesterdão é isto tudo e muito mais, e como já referi...é cidade que me vai “ver” mais vezes...vai...vai...

Série de Fotos: Nelson Cristo









1 comentário:

Unknown disse...

Que bom. Publica sempre,quem não conhece fica com uma ideia.
bj